A diplomacia palestina informou, nesta terça-feira (22), que está se retirando da presidência temporária da Liga Árabe, duas semanas após a organização rejeitar a proposta palestina de condenar a normalização das relações entre Israel e dois países árabes do Golfo.
Na última reunião da Liga Árabe no Cairo em 9 de setembro, os países-membros não conseguiram chegar a um consenso sobre um projeto de resolução proposto pelos palestinos contra os acordos de normalização entre Israel e Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
O ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad Al Maliki, pediu aos seus homólogos árabes que rejeitassem o acordo. Se não o fizessem, a reunião seria considerada um “cheque em branco” para a normalização.
Assinados na Casa Branca em 15 de setembro, os acordos de normalização foram considerados, pelos palestinos, como “uma punhalada nas costas”.
Até muito recentemente, a resolução do conflito israelense-palestino era considerada a primeira condição para a normalização das relações entre os países árabes e Israel, que ocupa há mais de 50 anos a Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
Emirados e Bahrein são os primeiros países a reconhecer Israel, depois do Egito e Jordânia, em 1979 e 1994.
“A decisão de certos países árabes de normalizar suas relações com Israel não foi discutida em nenhum nível”, criticou Maliki, que acusou a Liga Árabe de “cobrir” os Emirados e Bahrein.
Washington mencionou que outros “cinco ou seis países” árabes estão dispostos a fechar acordos semelhantes com Israel.
Segundo fontes palestinas, estes seriam Omã, Sudão,Mauritânia e Marrocos.
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