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Conheça as Primeiras Mulheres Pilotos de Avião no Brasil

 

Dia 23 de Outubro dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira vamos Lembrar dessas 3 guerreira brasileiras.



Thereza de Marzo




A paulista Thereza de Marzo foi a primeira brasileira a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Sua trajetória até o diploma não foi fácil, Thereza era repreendida pela família por seu sonho de pilotar aviões.

Por conta disso, atravessou a cidade de São Paulo andando, até o Aeródromo Brasil, onde se matriculou nas aulas de voo após rifar uma vitrola. Em março de 1922 se tornou a primeira mulher a pilotar sozinha, se habilitando perante a banca do Aeroclube Brasil pouco tempo depois.


No mesmo ano criou as chamadas “Tardes de Aviação”, nas quais realizava voos panorâmicos com passageiros para lazer. Até que, em 1926, se casou com o instrutor Fritz Roesler.

Numa época onde as mulheres quase não desempenhavam fora de casa, Thereza foi proibida de voar após o casamento. De acordo com o código civil de 1916, a mulher casada precisava de autorização do marido para diversas atividades. Apesar da carreira encerrada precocemente, Thereza foi uma pilota brilhante, com 300 horas de voo.

 Anésia Pinheiro Machado



Segunda entre as mulheres aviadoras a receber o diploma de pilotagem no Brasil, Anésia realizou um voo histórico entre São Paulo e Rio de Janeiro para as comemorações do centenário da independência brasileira, se tornando a primeira mulher a realizar um voo interestadual no país.

E por tal feito e tantas outros, recebeu os comprimentos de Alberto Santos Dumont. O voo pioneiro em uma data comemorativa nacional representou uma bandeira importante para o movimento feminista dos anos 1920.

Anésia participou do I Congresso Feminista Internacional e da Revolução de 1924, quando foi presa e depois libertada. A pioneira sobrevoou o navio Minas Gerais, jogando flores e um bilhete dizendo “E se fosse uma bomba? ”, o que a proibiu de voar até 1939.

Já em 1951, entrou para a história mais uma vez, voando um monomotor de Nova York para o Rio de Janeiro, e depois por atravessar a Cordilheira dos Andes.

Foi reconhecida pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI), na Conferência de Istambul, como Decana Mundial da Aviação Feminina em 1958.

Ada Rogato

Ada foi a primeira mulher brasileira a obter licença como paraquedista, a primeira a pilotar um planador, a terceira a obter brevê (em 1935, após Thereza e Anésia) e a primeira pilota agrícola do país.

A pilota, que sempre voou sozinha, realizou também mais de 200 voos de patrulhamento no litoral paulista de maneira voluntária. Alguns anos depois, em 1950 atravessou os Andes onze vezes, e voou mais de 50 mil quilômetros pelas Américas, chegando até o Alasca.

Ela também foi pioneira ao cruzar, sozinha, a região amazônica em uma aeronave sem rádio, tendo como guia apenas uma bússola. Sua importância foi além de suas conquistas no ar.

Ada se dedicava à preservação da história aeronáutica do Brasil, atuou como presidente da Fundação Santos Dumont e Diretora do Museu da Aeronáutica. E, por fim, foi a primeira mulher a receber a Comenda Nacional de Mérito Aeronáutico e o título da Força Aérea Brasileira de Piloto Honoris Causa.

O cockpit era dominado quase que exclusivamente por homens, embora mulheres como as nossas brasileiras pilotos estivessem dispostas e capacitadas para voar.

Atualmente já exustem várias mulheres que desafiavam o tradicionalismo da época pelo cockpit. Mas mesmo durante a Primeira Guerra Mundial, quando a necessidade abriu novas portas para as mulheres aviadoras, muitas mesmo assim foram recusadas para um emprego na Força Aérea.

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